Gerenciar uma empresa, departamento ou equipe é desafiador. Você alguma vez desejou perguntar aos CEO’s mais bem-sucedidos como eles fazem isso?
Bem, você sozinho talvez não teria acesso à eles, mas outra pessoa que tenha pensado o mesmo que você – o jornalista do New York Times, Adam Bryant – o fez. Ele entrevistou 525 CEO’s nos últimos 10 anos para a coluna “Corner Office” no jornal, perguntando-lhes suas idéias de liderança e não somente sobre suas empresas.
Bryant publicou a última dessas colunas, e ele usou sua peça de despedida para fornecer uma combinação de tudo o que ele havia aprendido com os CEO’s ao longo dos anos. É uma leitura fascinante para qualquer líder. Aqui estão algumas das suas lições mais interessantes:
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1. Não há jeito certo de se tornar um líder
Os colunistas de negócios gostam de escrever sobre a qualidade que você precisa para ser um grande líder, mas Bryant diz que realmente não existe tal coisa. “Existem muitas variáveis, muitas delas além do seu controle, incluindo sorte, tempo e química pessoal”, explica. Nem há nenhum caminho de carreira óbvio para CEO’s, ele escreve, embora ele note que um número surpreendente deles não eram alunos aplicados e muitas vezes tinham a maior parte de suas notas ruins.
2. Você deve equilibrar os opostos
Muitas das coisas que um bom líder precisa fazer são contraditórias, escreve Bryant. “É melhor entender a liderança como uma série de paradoxos”, afirma. Por exemplo, você precisa de humildade para saber o que você não conhece, mas a audácia de fazer movimentos ousados. A empatia é extremamente importante, mas também é necessária a habilidade de demitir alguém (mesmo tendo empatia com essa pessoa).
Uma CEO chegou a falar sobre os valores de liderança opostos: escutar versus liderança, ser generoso versus responsabilizando as pessoas, e assim por diante. “Existe uma tensão ou um equilíbrio entre eles”, disse ela.
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3. A cultura vem do que você faz, não do que você diz
A maioria dos CEO’s, em algum momento, passou pelo exercício de definir os valores e a cultura de suas empresas. Bryant o chama de “um rito previsível de passagem”. O fato é que não importa quantos retiros você providencia aos colaboradores, ou se você oferece horários flexíveis, férias ilimitadas, mesas de ping-pong ou comida gratuita – há apenas uma maneira de permitir que os funcionários conheçam a cultura e os valores da sua empresa: observando quem é “disciplinado” pelo líder e quem é recompensado.
“Não importa o que as pessoas dizem sobre a cultura, está tudo ligado a quem é promovido, quem recebe bônus e quem é demitido”, disse um CEO a Bryant. Seja lá o que você disser sobre a cultura, as pessoas da sua empresa verão as pessoas que são promovidas como modelos para o comportamento que você deseja.
4. Você deve ser confiável
Se você o forçasse a escolher uma qualidade que todos os bons líderes precisam, Bryant escreve, seria confiabilidade. “Todos nós temos um ‘sexto sentido’ com relação a nossos chefes, baseado em nossas observações e experiências: Confiamos nele para fazer o que é certo? Eles têm seus erros, porém dão crédito onde o crédito é devido, se preocupam com seus funcionários como pessoas em oposição ao lucro?”
Como um CEO afirmou: “Se você deseja liderar os outros, você precisa confiar e você não pode ter sua confiança sem ter integridade”.
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5. É tudo sobre o respeito – o seu, não o deles.
Uma das idéias mais surpreendentes de Bryant era sobre a importância do respeito – mas não que bons líderes precisassem ganhar o respeito de seus funcionários. É o outro lado: que os melhores líderes tenham o maior respeito por aqueles que se reportam a ele.
Um CEO disse assim: “Por definição, se houver liderança, significa que há seguidores, e você é tão bom quanto os seguidores. Eu acredito que a qualidade dos seguidores está na correlação direta com o respeito que você mantém. Não é o quanto eles te respeitam o mais importante. Na verdade, é o quanto você os respeita. É tudo.” Isso é contra-intuitivo e, no entanto, faz todo o sentido.